quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Som ao vento...

Quero que o que eu fale
seja entendido, interpretado
e representado.
Mas minha fala fica subtendida,
esquecida e as vezes nem sequer é ouvida.

Uma vida que não é minha.

A partir de agora vou viver assim.
Sem amores e devaneios,
Sem exageros...
Me reservarei, não reclamarei.
Simplificarei.
E enfim, conseguirei conjugar o verbo
Morrerei...

Vontade fria

Minha vontade é como essa noite fria de primavera,
tentando ser uma típica noite de inverno.
Forte como o frio do inverno.
Inexistente por somente ser um frio forçado de
primavera.

Uma quarta fria

Nessa quarta fria, onde a solidão é a unica que me aconchega.
Onde pensamentos e saudades são meus únicos companheiros.
Converso no tom do silêncio sobre tanto querer de meu pensamento.
Sinto um sussurro do frio a me dizer que devo me render ao
adormecer, para apenas esquecer essa história de tanto querer.

Palavras.

  O que cabe a mim são só palavras-chaves.
  Ainda não aprendi a ser direta com as palavras.
  Talvez, até tenha aprendido.

  Palavras-chaves são curtas.
  Palavras diretas tornam se cumprida e complicada.
  E o que é curto torna mais fácil de ser esquecido.
  E usar palavras diretas, forma pleonasmo com repetido
  que é sinônimo de cansado.

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Homenagem a Vida.

Hoje descobri em mim um sentimento de tristeza que não a conhecia. Me senti triste por ser lembrada que a morte existe.
Senti também uma dor que não sabia que havia. Sinto a tristeza da morte que por alguma circunstância teve que cumprir sua missão, levou a vida de quem mantinha outras mais acessas.
   Mas essa vida aproveitou grande parte dela. Transformou-se em professora, e em cada palavra transmitida transbordava o amor. E é com um pedaço dessa vida que restou em mim, que escrevo esse desabafo. Pois, por mais que a morte tivera que cumprir seu papel, algo restou sem sequer ser notado.
A riqueza do pólen do saber e da eterna vontade de seguir seus passos. E minha maneira de homenagear e manter viva e lembrada essa vida é minha imensa vontade de construir o mesmo e rico pólen em que me foi germinado.


                                                                            ( á minha querida inspiração e professora, Édmeia Gomes.)