segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Nem sempre da para ser feliz.

A fraqueza é o resultado final da contorção da força contra todos os sentimentos ruins que absorvemos no dia-a-dia.
A lágrima é o suor da força a partir da transformação em fraqueza.
Pois, não da para ser feliz sempre. Necessitamos sempre renovar nossas forças através do processo da fraqueza.

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Não há como não sentir.

Me consome a falta.
A falta de sentir, somente;
Pois o somente já me faz falta.
Escrever a falta da vontade de escrever.

A aflição de nada sentir.
Buscando no nada, alguma
necessidade de sentir.
E sentido que nada sentia.

E ao sentir o nada.
Descobri que o nada já me fazia sentir.
Tudo que me fez escrever aqui;
Sobre a aflição de nada sentir.



sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Sociedade sem distinção.


                                  
Em pensar que há um dia internacional dos povos afro descendentes, brota em mim uma desesperança de que ainda estamos retrocedendo no conceito de igualdade.
Me desespero por não entender a razão de existirem cotas para negros em universidades. Como ser descriminado pela cor da pele já não fosse o suficiente. Temos que acreditar que a capacidade mental do negro é inferior a qualquer outra raça.

Perco o sentido de tornar poesia, quando me deparo com um tema tão desigual.
Negro e sociedade brasileira, como se o mesmo não estivesse incluso e não caracterizasse a mesma.
Quando será que conseguirei realmente tornar poesia com a beleza da pluralidade da sociedade brasileira sem precisar destacar as raças. Escrever meus versos com a característica e riqueza de nossa cultura e juntar na mesma poesia a riqueza de cada povo que formou hoje o que chamamos de nossa sociedade brasileira.
Sem precisar  internacionalizar um dia para torná-lo grande ou destacá-lo. Pois cada raça possui uma grande riqueza que já a destaca.

Quero falar da raça negra como complemento as demais. Quando conseguir passar este pensamentos para os preconceituosos e racistas, ficará de mais rico e entendimento a minha poesia.
A inspiração brotará em cada linha, quando realmente ver uma sociedade brasileira mais igual.

Apenas sociedade brasileira.


                                

Desde de quando o Brasil surgiu, suas portas abriram para todos aqueles que logo os viram.
Já moravam aqui os índios, mas que logo se diluiu. Foram forçados acreditar que não eram povos. E os brancos passaram então assim os explorar.
E assim começou a nascer a sociedade brasileira. E outros também que não tinham terra, foram obrigados aqui posar. Foram os afro descendentes que começaram a pigmentar .
No decorrer da colonização começou a descriminação , os brancos senhores , negros e índios servidores.
De lá para cá o que ficou após assinar a Lei Áurea , Princesa Isabel a libertar. Somente dos serviços igualar.
Pois, mesmo com nossa sociedade brasileira formada e embelezada pelo colorir dessa mestiçagem e tonalidade, ainda há concursos que destaca negro de sociedade .
Se não houvesse essa distinção, na verdade haveriam concursos de poesia para cada raça que contribuiu para a formação da nossa sociedade.
Quando será que o Brasil vai se familiarizar com a realidade de sua sociedade?


( Poema escrito para um concurso, cujo o tema era: "O negro e a sociedade brasileira". Como vocês podem observar, não concordo muito com o tema, além de crer que há um preconceito oculto em meio ao mesmo. Pode até não ter tido a intenção, mas a maioria dos projetos que deveriam apenas exaltar a riqueza da CULTURA negra, ao contrário mostra a raça negra como algo inferior ao demais... Ou seja, para que esse preconceito não exista temos que observar como escrevemos alguns projetos.)